Archive for the ‘Funcionalismo’ category

Antropólogo nega existência de indígenas boraris

26 de Fevereiro de 2013
Edward M. Luz

Edward M. Luz

A despeito do que dizem os antropólogos e os laudos da FUNAI, não existem dados e evidencias socioculturais que confirmem a existência na região do baixo Tapajós, nem na calha do Arapiuns, nenhuma sociedade ou mesmo comunidade indígena Borarí ou Arapiuns ou qualquer outra que tenha recentemente se identificada como indígena.

TEXTO COMPLETO: Gazeta Santarém (Brasil)

Aldeia indígena brasileira em livro

2 de Fevereiro de 2010

Zélia Bonamigo ao lado dos índios Guaranis, em Paranaguá.

Conhecer a fundo como funciona a economia da tribo indígena Mbya-Guaranis, localizados numa aldeia no litoral paranaense, Brasil, é o que o leitor irá encontrar no livro A Economia dos Mbya-Guaranis: troca entre homens e entre deuses e homens na ilha da Cotinga, em Paranaguá-PR, da jornalista e antropóloga Zélia Maria Bonamigo.

O projeto inicialmente era uma dissertação de mestrado em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná que acabou em livro. O material foi editado pela Imprensa Oficial do Paraná, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) e é inédito acerca dessa tribo. O livro foi lançado no dia 19 de Dezembro de 2009, na aldeia dos Mbya-Guaranis.

De acordo com a autora, o trabalho para levantar os dados levou dois anos e meio para ficar pronto. “Iniciamos o contato com a tribo dos Mbya-Guaranis em 2003. Contámos com a colaboração destas pessoas em todos os momentos e isso foi fundamental para que esse projecto se tornasse um livro. Aliás, desde o início dos contactos, a tribo pediu para que fosse feito um livro para que pudesse mostrar às pessoas como funciona a economia deles”, conta.

Zélia conta também algumas particularidades da tribo. “Eles utilizam bastante o sistema de trocas como economia. Entretanto, não é tão simplista quanto parece. Quando se dá algo em troca, como, por exemplo, um artesanato, além do produto em si você dá algo mais, isto é, você cria uma relação social, que, para eles, é muito mais importante do que qualquer produto”, explica.

O livro também aborda outros pontos da cultura dos Mbya-Guaranis, conforme diz a autora. “O livro é composto de oito capítulos e utilizei como referência a teoria maussiana, de Marcel Mauss (1872-1950), que aborda as trocas em sociedades arcaicas. Mas não fica preso somente a isso. Por exemplo, falo sobre o papel de seus oito deuses na sua economia, o facto deles estarem em constante movimento, como eles lidam com isso, entre outros pontos”, conta.

Para a jornalista e antropóloga, o trabalho significou mudança de alguns conceitos. “Para entender uma sociedade, é necessário que haja uma imersão nessa cultura. Foi isso que eu fiz enquanto realizava a minha pesquisa. A partir da visão deles, passei a prestar mais atenção no ponto de vista das pessoas, coisa que não acontece muito na nossa sociedade, com características etnocêntricas. Foi um trabalho árduo, mas valeu a pena. O resultado estava dentro do que esperava”, afirma.

POR: Flávio Laginski (Paraná Online)