Archive for the ‘Antropólogos’ category

Funai exibe imagens inéditas de contato feito por índios isolados

1 de Agosto de 2014

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Antropólogos da Fundação Nacional do Índio (Funai) exibiram, no dia 25 de julho,  dois vídeos curtos sobre o contato feito por índios isolados, que vivem na fronteira do Acre com o Peru, com uma comunidade Ashaninka, na Aldeia Simpatia, da Terra Indígena Kampa e Isolados do Alto Rio Envira, no dia 29 de junho. As imagens, além de relatos de indígenas, foram apresentados durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Rio Branco. Os vídeos não foram disponibilizados por uma determinação interna do órgão.

Ler mais aqui: Globo

Adilson Siqueira é antropólogo e professor da UNIR. Nesta entrevista, ele fala da Copa 2014 e seus efeitos para o meio social…

1 de Agosto de 2014

Entrevista completa aqui: Rondonotícias

Flip debate papel do urbanismo para a construção de uma cidade mais democrática

1 de Agosto de 2014

Paraty

PARATY – O papel do urbanismo na construção de uma cidade mais democrática, acessível e menos desigual foi o tema da primeira mesa nesta quinta-feira (31), no segundo dia da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2014.

Para a sul-africana Rene Uren, que é conselheira da cooperação alemã para o desenvolvimento sustentável na área de prevenção de crime e da violência na África do Sul, se a comunidades oferecer dignidade, infraestrutura, equipamentos sociais e serviços básicos, a presença policial não precisa ser ostensiva.

“As moradias feitas pelo governo [sul-africano] têm cerca de 20 metros quadrados, sem paredes internas, que abrigam muitas vezes famílias de oito pessoas”, explicou ao citar que as condições precárias contribuem para a proliferação de gangues e assassinatos. “Na minha comunidade 33 mil pessoas moram em uma área planejada para 3 mil pessoas. Temos uma média de dez mortes a cada 11 dias”, a maioria de adolescentes, ressaltou.

Um dos fundadores do Observatório de Favelas, que desenvolve trabalhos sociais na periferia do Rio de Janeiro, Jailson de Sousa acredita que as políticas públicas de segurança aplicadas em favelas tem como eixo a repressão e a polícia atua apenas para combater a criminalidade. A lógica de guerra e combate está arraigada nos policiais que entram para a corporação, argumentou ele. “Eles não querem ser mediadores de conflitos, trabalhar a pé”, disse. “Precisamos construir um modelo de segurança que incorpore mais a população local que veja a segurança como um direito do cidadão”.

A antropóloga Paula Miraglia, especialista em temas como prevenção da violência, segurança pública e urbanismo, acredita que um dos desafios das cidades hoje é promover a conexão entre a periferia e o centro. Para ela, a violência é resultado das desigualdades estruturais que ainda não foram superadas no país e de um modelo de desenvolvimento que não considera a segurança como um direito, mas como um privilégio garantido pelo setor privado. “As cidades brasileiras não podem ser pensadas como negócio, ” defendeu ela.”Temos uma das maiores populações carcerárias do mundo e ainda assim a violência não para de crescer”, disse.

“É necessário ter um modelo de crescimento que agregue e beneficie o conjunto das cidades, que não seja excludente”, disse. Para a antropóloga, cidades mal planejadas geram e perpetuam desigualdades e consequentemente a violência. “Belo Monte virou uma grande cracolândia”, comentou ao citar a construção da Hidrelétrica de Belo Monte como exemplo de grandes empreendimentos que provocam impactos negativos nas cidades pela falta de planejamento.

FONTE: DCI

Conferência Ricos e Pobres no Alentejo e outras antropologias Embaixador José Cutileiro

6 de Junho de 2014

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A obra que José Cutileiro intitulou “A Portuguese Rural Society” em 1971, e “Ricos e Pobres no Alentejo” na tradução portuguesa de 1977, permanece um marco tanto para a Antropologia como para as Ciências Sociais, e em geral para qualquer reflexão sobre a sociedade portuguesa contemporânea.

Fundada num conhecimento pessoal profundo do contexto humano do Alentejo e do país, sobre o qual o autor desenvolveu em meados de 60 o seu trabalho de campo e a pesquisa académica para doutoramento em Antropologia na Universidade de Oxford (1968), a obra ganhou ao longo deste tumultuoso meio século um estatuto singular entre obra científica, documento histórico e ensaio de filosofia moral.

Concebida numa época em que, sob a ditadura, as Ciências Sociais tentavam firmar-se no apertado âmbito consentido, a obra de José Cutileiro assinalou-se no conjunto da actividade científica que interrogava então a realidade social portuguesa numa atitude muito distanciada já dos anteriores horizontes ideológicos do nacionalismo e do populismo de matriz romântica, caros ao folclorismo e à propaganda do salazarismo.

Foi a época em que figuras como Silbert, Sedas Nunes, Teotónio Pereira, Orlando Ribeiro, Jorge Dias, Lindley Cintra ou Giacometti, sozinhos ou com as suas equipas, se lançavam ao estudo deste país quase exclusivamente rural e antigo, pobre e diverso, que exigia abordagens humanamente muito próximas, com grande rigor de registo e abertas ao cruzamento disciplinar.
A Antropologia, que não era sequer ensinada em Portugal, viveu então um período de grande produtividade, mas quase despercebida, em torno do projecto científico e museológico de Jorge Dias e da sua equipa.

Em Oxford um renovado interesse da Antropologia britânica pelas sociedades mediterrânicas depois do 2º pós guerra, sob o impulso de Evans-Pritchard e com Peristiany, Campbell e Pitt-Rivers, centrava as pesquisas nos valores morais e na estratificação social. Portugal era parte desse “mediterrâneo” rural, o Alentejo era nele a sua expressão perfeita, e José Cutileiro o antropólogo certo, na universidade certa, no momento certo.

O seu livro nasceu assim nesse paradoxal período da vida intelectual do nosso país, que vivia ao mesmo tempo isolado e obstruído, mas ocultamente brilhante e cosmopolita. Em 1974, o 25 de Abril criou por fim as condições académicas e cívicas para outros trabalhos, hoje já clássicos, como os de Joaquim Pais de Brito, Brian O’Neill, ou João de Pina-Cabral.

Entretanto, o livro de José Cutileiro, referência hoje ainda para todos os estudos sobre estratificação social e desigualdade, no Alentejo ou não, permaneceu num estatuto singular a vários títulos: Situado a Sul quando quase todas as pesquisas trabalharam terrenos a Norte; inscrito na crescente encruzilhada disciplinar em que o debate sobre a ruralidade consiste, parecendo, mas só por engano, ter caducado como assunto; confrontando crítica e premonitoriamente a Reforma Agrária e as suas sequências; interpelando as vias ambíguas e persistentes das desigualdades que nenhuma modernidade veio ainda desmentir, o livro de José Cutileiro guarda a perturbadora frescura da sua verdade testemunhal, e a actualidade da inquietação humana que lhe está na origem.

FONTE: local.pt

Novo livro sobre instrumentos musicais indígenas

6 de Junho de 2014

Instrumentos musicais de diversos povos indígenas da região amazônica foram catalogados e reunidos no livro “Instrumentos Musicais Indígenas: a Arte e a Coleção Etnográfica Curt Nimuendaju do Museu Paraense Emílio Goeldi”, publicado em parceria entre a Fundação Carlos Gomes, o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Imprensa Oficial do Estado. O lançamento da obra ocorreu na noite desta segunda-feira (2), na XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro, no estande da Imprensa Oficial, e reuniu estudantes, pesquisadores, jornalistas e curiosos sobre o tema.

Fonte: Agência Pará de Notícias (Brasil)