Archive for the ‘Antropologia Física’ category

Arqueólogos encontram 120 ossadas de quase 1.900 anos em lagoa do México

3 de Março de 2010

Arqueólogos mexicanos encontraram 120 esqueletos de até 1.885 anos de antiguidade numa lagoa de uma caverna maia (que são conhecidas como cenotes), no estado de Quintana Roo, no caribe mexicano, informou o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).

A fonte disse que a lagoa, chamada de Las Calaveras (“As Caveiras”), com 30 metros de diâmetro, “poderia ser o depósito funerário mais bem conservado da época pré-hispânica, e o de maior concentração de esqueletos humanos da área maia”.

Até o momento foram encontradas 120 ossadas, e os arqueólogos que trabalham no local acreditam que o número deve chegar pelo menos a 150 com o prosseguimento das investigações.

A arqueóloga Carmen Rojas informou que os esqueletos são de pessoas que morreram entre os anos 125 e 236, mais antigos que os encontrados numa lagoa semelhante em Chichén Itzá, no estado de Iucatã.

Rojas disse que até antes da descoberta, o cenote de Iucatã era o que tinha maior número de ossadas. Os antigos maias usavam esses lagos como depósitos funerários.

“Pelas características do lugar e o número de esqueletos encontrados, é provável que haja pelo menos outros 30, mas é possível haver até 200, ultrapassando o número de restos mortais localizados em uma das maiores cidades maias do período Clássico (125-236 d.C.): Tikal, na Guatemala”, disse a especialista.

Desde 2007, o INAH realiza o registo das ossadas do cenote Las Calaveras, trabalho que conta com a participação da National Geographic.

O local foi encontrado em 2002, quando uma mergulhadora avistou partes das ossadas.

Os restos mortais no cenote de Las Calaveras estão “em um perfeito estado de conservação, o que permitirá o desenvolvimento de estudos de genética e antropologia para conhecer mais a fundo a antiga população maia que viveu nesta região”, comentou Rojas.

A arqueóloga explicou que estes espaços aquáticos tiveram a função de cemitérios. Algumas das ossadas encontradas apresentam tratamentos funerários, pois estão acompanhadas de vasilhas e animais, usados como oferendas.

Para os antigos povos maias, os cenotes, assim como as cavernas, representavam entradas ao mundo dos mortos, chamado Xibalbá, e por isso eram usadas como câmaras funerárias naturais.

FONTE: EFE, citada pela Globo.com

Equipa de Coimbra vai exumar corpos de soldados portugueses na Guiné

25 de Fevereiro de 2010

Uma equipa de investigadores de Coimbra, liderada pela antropóloga forense Eugénia Cunha, partiu esta quarta-feira, dia 24 de Fevereiro, para a Guiné-Bissau com a missão de realizar a exumação dos corpos dos combatentes portugueses envolvidos no desastre de Cheche, um dos mais traumáticos incidentes da Guerra Colonial.

Durante uma semana, a equipa liderada pela investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), vai identificar e exumar os restos mortais dos antigos combatentes portugueses sepultados numa vala comum, em Cheche.

Os soldados foram vítimas de um dos episódios mais traumáticos da Guerra colonial, ocorrido a 6 de Fevereiro de 1969, durante a travessia do rio Corubal, e que provocou a morte a quase 50 combatentes. Promovida pela Liga dos Combatentes de Portugal, no âmbito do programa «Conservação de Memórias», esta é já a quinta missão de resgate dos restos mortais de soldados portugueses mortos no campo de batalha. Entretanto, segundo Eugénia Cunha, é aquela que apresenta maiores dificuldades.

“A complexidade do trabalho científico prende-se com o facto de os soldados estarem numa vala comum e não em sepulturas individualizadas. Vamos encontrar, à partida, uma amálgama de corpos, o que dificulta imenso a identificação, tornando o processo muito mais lento e delicado”, explica a investigadora, citada num comunicado da FCTUC.

Eugénia Cunha explica ainda que os investigadores não têm “a certeza do número exacto de corpos ali sepultados”. “Segundo o testemunho de sobreviventes estarão na vala comum entre 15 e 17 soldados, mas não há certezas”, sublinha.

Outra grande dificuldade com que os investigadores se dverão confrontar será “o estado de conservação dos esqueletos, muito debilitado, devido às características do local, a cerca de 300 metros do rio, com elevado índice de humidade” salienta ainda a investigadora.

As missões anteriores, que decorreram em Guidage, Farim e Gabú, permitiram identificar e exumar 50 corpos, dos quais, nove foram trasladados para Portugal, por desejo dos familiares.

FONTE: Mundo Português

Tutancamon morreu de malária e infecção óssea, diz estudo

18 de Fevereiro de 2010

O faraó egípcio Tutancamon pode ter morrido de malária combinada com uma rara infecção nos ossos, sugere um estudo publicado nesta terça-feira, 16 de Fevereiro, na revista científica Journal of the American Association

Os cientistas, liderados pelo arqueólogo-chefe do Egipto, Zahi Hawass, passaram dois anos pesquisando os restos mumificados do faraó, que morreu aos 19 anos, e de outras dez múmias pertencentes à família real, inclusive a avó e o pai de Tutancamon, para extrair amostras de DNA.

FONTE: BBC Brasil em estadao.com.br

Espanha: Arqueólogos descobrem esqueletos abraçados há 6 mil anos

22 de Janeiro de 2010

Após 20 meses de investigações, arqueólogos da Espanha concluíram que um par de esqueletos encontrados abraçados, no sul do país, tem 6 mil anos. Embora os ossos tenham sido descobertos em 2008, a revelação de que eles foram encontrados só foi feita agora, após o estudo detalhado dos esqueletos – que especialistas chamam de “os apaixonados”.

A descoberta foi feita por acaso por operários do município de San Fernando, na província de Cádiz, quando eles preparavam um terreno para construir um estádio de hóquei na relva.

Segundo a antropóloga Milagros Macías, que analisou a fossa dos esqueletos, “o indivíduo depositado à direita corresponde a um adulto com idade dental estimada entre 35 e 40 anos e o da esquerda corresponde a uma menina de 12 anos”. O relatório confirma ainda que os dois teriam sido enterrados abraçados de propósito. “Não há dúvidas sobre a intenção por parte dos que executaram o enterro de que houvesse contato físico entre ambos, Já que certamente existiria um forte vínculo afectivo (entre eles).”

Vínculo de amor

O director das escavações, Eduardo Vijande, no entanto, diz que “ainda é cedo para garantir que se trate de um casal apaixonado”. Segundo ele, falta conhecer os resultados das provas antropomórficas e antropométricas para saber se o esqueleto da direita, o adulto, pertence a um homem ou uma mulher, além de exames de DNA que poderiam determinar a existência de uma relação familiar entre ambos.

O estudo sobre as ossadas, feito pelo gabinete arqueológico Figlina, destaca a forma em que os braços e pernas foram entrelaçados indicando “mortes simultâneas ou muito próximas no tempo”.

Os investigadores surpreenderam-se também com a descoberta de pigmentação ocre na metade inferior dos esqueletos e a localização de várias agulhas de osso na parte posterior do crânio do indivíduo adulto. Segundo os antropólogos, isso estaria relacionado com os costumes de penteado da época.

FONTE: Globo

Cozinhar foi o que nos tornou humanos, diz pesquisador

21 de Janeiro de 2010

Richard Wrangham é professor de Antropologia da Universidade de Harvard, estudou chimpanzés na Tanzânia e tem uma opinião única sobre o que fez com que os humanos se tornassem diferentes de todos os outros animais: a nossa habilidade de cozinhar. Segundo o pesquisador, a idéia surgiu como resposta à questão de quanto tempo os humanos teriam sobrevivido sem o fogo. “Parecia para mim que ninguém poderia sobreviver sem isso”, diz.

Artigo completo e muito interessante na revista online (em português) HYPEScience